Adnan Marcos da Silva

Adnan Marcos da Silva
Escritor

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

ENTREVISTA CONCEDIDA AO JORNALISTA ALARCOM PETER SILVA, EM BELO HORIZONTE, NO DIA 15 DE JANEIRO DE 2023.

Adnan Marcos da Silva, brasileiro e mineiro, com muito orgulho, natural da pequena e bela cidade de Santa Bárbara, distante 100 km da capital Belo Horizonte. Nascido em 08 de maio de 1971, é um taurino que não corresponde à maioria das ditas características do signo. Viveu sua infância em Santa Bárbara e aos 10 anos de idade mudou-se, acompanhando a família, para a cidade de Rio Piracicaba, onde viveu sua adolescência, aprendeu a respirar ar puro e a conviver com a natureza das montanhas de Minas Gerais. Aos 15 anos retornou a Santa Bárbara e dois anos depois, foi classificado no concurso da Companhia Energética do Estado, técnico em eletrotécnica; estudou na escola profissionalizante da empresa em Sete Lagoas por seis meses e passou a exercer a profissão de Operador de Usinas na Usina Hidrelétrica e Estação Ambiental de Peti, localizada na divisa de sua cidade, Santa Bárbara e de São Gonçalo do Rio Abaixo, onde viveu parte de sua juventude. No trabalho técnico e de supervisão em turnos diurnos e noturnos na citada hidrelétrica, teve tempo de se embrenhar pelo mundo literário, e conhecer as coleções de grandes escritores como Fernando Sabino, sua maior influência, além de Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar, Mário Quintana e outros gigantes da literatura brasileira, que o inspiraram a escrever suas primeiras poesias, seu primeiro romance e a se apaixonar pela escrita dos contos de ficção. Casado e pai de duas filhas, lançou de forma independente, através da plataforma “Clube de Autores”, seus quatro livros publicados, a saber: Um bom dia para morrer - Contos de rock’n’roll e morte; Contos de Belo Horizonte; O monte sem fim - Antologia de contos; além do grande projeto “Cem coisas para se amar em cada estado do Brasil”, do qual foi o idealizador, baseando-se em seu poema, “Cem coisas para se amar em Minas Gerais”, onde convidou outros 26 autores, um de cada estado do Brasil, e que relacionaram cem coisas para se amar em seu estado natal. Atualmente aposentado de suas funções na companhia energética, vive alguns dias em Belo Horizonte, alguns dias em Santa Bárbara, dedica seu tempo à família, e se divide entre seus grandes prazeres: escrever, ouvir música, de preferência o bom e velho rock’n’roll; e a desbravar as estradas de terra da região da Serra do Espinhaço, da Estrada Real e do médio Piracicaba, tudo isso em companhia dos amigos e de uma boa cerveja gelada.

Quem é o escritor Adnan Marcos da Silva? 

É uma pessoa que presta muita atenção em todas as coisas que acontecem ou aconteceram ao seu redor. Que acredita que todo tipo de informação é bem-vinda, e que ler e ouvir, são coisas essenciais para quem quer escrever. Também acha extremamente prazeroso escrever um conto, porém sabe de suas limitações como escritor, mas se acha um bom finalizador de histórias.

Quando e por que você começou a escrever?

Comecei a escrever na primeira metade da década de 1990, quando ainda não existia a internet no local onde eu trabalhava. Como meu trabalho era essencialmente de supervisão de equipamentos eletromecânicos, eu passava boa parte do meu tempo conhecendo a literatura dos grandes escritores. Mas tive como empurrão inicial, as maravilhosas poesias de Carlos Drummond de Andrade.

Qual seu gênero literário?

Contos de ficção

Você escreve somente com o intuito de publicar ou participa de concursos também? 

Escrevo por prazer, colecionando contos que, quando formam um resultado digno, são transformados em livros. Nesse meio tempo participo sim, de concursos em todo território brasileiro. 

Você acha que sua escrita é bem recebida por seus leitores? 

Acredito que sim, pois me esforço muito para contar histórias interessantes, e pelo feedback que recebo, percebo sinceridade nos elogios e comentários. 

Você acha fácil vender seus livros? 

Acho que a maneira de colocá-los à venda foi muito facilitada com a internet. Veja por exemplo a plataforma do Clube de Autores, onde disponibilizo meus livros e tantas outras que existem por aí. Porém o público que se interessa em comprar um livro físico e ainda se deliciar, não só com as histórias contidas nele, mas também com seu cheiro inebriante e único, penso que está cada vez mais escasso, e ser um autor independente e ter que arcar com toda a diagramação, distribuição e principalmente com a divulgação de meus livros, torna a coisa ainda mais difícil. 

Isso não te desanima não? 

Não, porque como disse, escrevo por prazer, atualmente é uma das coisas que faço com mais disposição e a recompensa emocional é sempre muito positiva. 

Você está trabalhando em algum projeto atualmente? 

Sim, estou revisando meu primeiro romance, “O Edifício”, que escrevi ainda muito jovem e, como foi no século passado, estava precisando de uma revisão, não só ortográfica, mas também na postura e em alguns conceitos. Com previsão de relançamento para 01 de abril de 2023. 

Quais são os livros que você tem publicado?

Atualmente tenho quatro livros publicados e disponíveis para venda: Um bom dia para morrer - Contos de rock’n’roll e morte; Contos de Belo Horizonte; O monte sem fim - Antologia de contos; Cem coisas para se amar em cada estado do Brasil. 

Onde é possível comprá-los? 

Estão disponíveis em várias lojas virtuais, como na própria plataforma onde foram publicados originalmente, que é o clube de autores, www.clubedeautores.com.br, ou na Amazon, que é um site mais conhecido do público em geral. 

Você acha que o preço de seus livros, através desse modo de venda, é caro?

Veja bem, se for comparar com livros que possuem tiragem de milhares de exemplares, e são encontrados até em supermercados por preços de R$9,90 às vezes, os meus livros podem parecer muito caros. Mas é necessário enxergar as dificuldades, a resiliência, a persistência que um autor independente necessita ter para que seu livro chegue até o público. Se o autor procurar ajuda profissional para concluir sua obra, ou seja, alguém para fazer a capa, revisar, alguém para ajudar no registro do ISBN e outras coisas mais, gastará uma considerável quantia, se for fazer tudo sozinho, como é meu caso, gastará um considerável tempo, por esses motivos, penso que o livro acaba saindo por um preço justo. 

Por que você não é publicado por uma editora, digamos, “convencional”? 

Porque achei muito difícil o contato com esse tipo de editora. Na verdade acho que muito poucas vezes elas abrem espaço para receber originais, e se não for de algum autor que já tenha trabalhado com eles ou for muito conhecido no meio literário, mais difícil fica esse contato. Até procurei informações sobre essas editoras, mas as informações que se encontra não são muito animadoras também. 

Você gostaria de ter seus livros vendidos em uma loja física? 

Sim, queria poder entrar em uma grande livraria, como a “Livraria Leitura” por exemplo, e encontrar meus livros disponíveis, mas infelizmente é um grupo muito pouco acessível para produções independentes. 

Em quem ou em que você se inspira para escrever?

Me inspiro nas minhas lembranças, nas histórias que vivo no cotidiano, nas boas conversas que tenho com meus amigos enquanto tomamos uma cerveja, no convívio familiar, nos filmes que assisto, nas músicas que ouço e nas minhas viagens de moto por Minas Gerais afora.

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